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TJ-AL nega habeas corpus a delegado preso pela PF por forjar provas no caso Kléber Malaquias

Publicado por: Vanessa Lima
25/09/2024

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) negou, nesta segunda-feira (23), pedido liminar de habeas corpus feito pela defesa do delegado da Polícia Civil, que teria forjado provas no inquérito que investiga a morte de Kleber Malaquias, assassinado em julho de 2020, em Rio Largo.

A decisão é do juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima, que atua como desembargador do TJ de Alagoas. O julgamento do habeas corpus deverá ser feito pela Câmara Criminal do Tribunal, após a tramitação legal.

O delegado, que é diretor de Polícia Judiciária da Região 1 (DPJ1), foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MP-AL) por fraude processual, revelação de sigilo funcional e abuso de autoridade.

Segundo a denúncia, o delegado manipulou provas para direcionar a autoria do homicídio de Kleber Malaquias ao PM Alessandro Fábio daSilva, que foi morto a tiros pela companheira, e inocentar os verdadeiros culpados, em trocas de favores.

Um relatório da Polícia Federal revelou troca de mensagens entre o delegado e um agente da Polícia Civil, preso no dia 2 de setembro por suspeita de envolvimento na morte de Kleber Malaquias.

A prisão preventiva do delegado foi realizada pela Polícia Federal no dia 18 de setembro e mantida em audiência de custódia.

Kleber Malaquias foi assassinado dentro de um bar em Rio Largo, na tarde de 15 de julho, dia do seu aniversário. A execução foi arquitetada pelos envolvidos, que atraíram Kleber Malaquias até o Bar da Buchada para realizar o assassinato.

Em um boletim de ocorrência registrado em 2019, o empresário relatou que teve acesso a conversas e áudios de WhatsApp com ameaças contra ele e que temia ser morto.

De acordo com as investigações, o policial militar José Mário, na época pré-candidato a vereador, marcou um encontro com Kleber para conversar sobre questões políticas. Uma pessoa identificada como Fredson José teria efetuado os disparos de arma de fogo que levaram a vítima à morte.

Além dos acusados, outros três envolvidos, Marcelo José Souza da Silva, Jefferson Roberto Serafim da Rocha e Marcos Maurício Francisco dos Santos, respondem pelo crime. Após a prisão do delegado, o julgamento deles, que estava marcado para 19 de setembro, foi adiado para 17 de fevereiro de 2025.

Via - g1 Alagoas

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