A família de um paciente do Hospital Geral do Estado (HGE), que teve morte encefálica após um acidente de trânsito, autorizou que os órgãos dele fossem doados. Esse "sim" para a doação de órgãos, na terça-feira (8), pôde salvar as vidas de seis pessoas que estavam na fila de espera por transplante.
A captação do coração, rins, córneas e fígado só foi possível após a autorização dos familiares do doador. No Brasil, a falta de autorização foi o que mais pesou na queda do número de doação de órgãos, em 2024.
"Desta vez pudemos incluir o coração entre os órgãos captados para o transplante, mediante o quadro clínico do paciente. A pessoa que irá receber esse novo coração será mais uma que terá a sua vida salva", afirmou o cirurgião cardíaco, José Leitão.Atualmente, em Alagoas, 563 pessoas estão na fila para receber um órgão, segundo dados da Central de Transplantes.“A nossa lista é formada por pessoas com doenças crônicas ou agudas, cujos tratamentos já esgotaram as possibilidades de recuperação e a única alternativa seja a substituição do órgão ou tecido afetado, para as quais o transplante seja uma indicação formal e uma possibilidade terapêutica vantajosa. São muitas famílias que vivem todos os dias com a esperança de receber a notícia da chegada de um novo órgão compatível”, disse a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.