
Durante o julgamento de um dos crimes atribuídos ao chamado “Serial Killer de Maceió”, o terceiro júri popular trouxe um dos momentos mais emocionantes do processo: o depoimento da mãe de Ana Clara Santos Lima, jovem de 16 anos assassinada em agosto de 2024, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.
Com lágrimas nos olhos e visivelmente abalada, Piedade Wilma Melo dos Santos relatou a dor de perder a filha de forma tão brutal.
— Minha filha era minha companheira, meu tudo. Me ajudava em tudo. Eu só tinha ela — disse a mãe, em uma fala que comoveu os presentes no tribunal.
Ana Clara foi baleada e ainda conseguiu correr até a casa de vizinhos para pedir ajuda. No entanto, caiu sem vida sobre a cama onde um casal dormia com seu filho pequeno. O menino, de apenas três anos na época, presenciou a cena e ficou profundamente abalado. O casal, que também prestou depoimento, confirmou que a jovem já chegou ferida, tentando buscar abrigo e socorro.
O principal acusado do crime é Albino Santos de Lima, que já foi condenado por outros homicídios e é investigado por uma série de assassinatos ocorridos em Maceió. Ele é suspeito de ter cometido pelo menos 18 mortes. Em abril deste ano, foi sentenciado a mais de 37 anos de prisão pela morte de Emerson Wagner da Silva, e responde também por outros crimes, como o assassinato de Louise Gybson Vieira de Melo.
O julgamento do caso de Ana Clara representa mais um capítulo trágico em uma sequência de mortes violentas que abalaram a capital alagoana. As autoridades seguem investigando possíveis novas vítimas e conexões com o réu, que permanece preso.
