O advogado Cicero Pitta, que defende em juízo o policial suspeito na morte da feirante Solange da Silva, 44 anos, ocorrido em um hotel, no centro de Palmeira dos Índios, afirma que a vítima cometeu suicídio.
Segundo Pitta, o Sargento e a vítima tinham um relacionamento e, no dia do ocorrido, Solange teria ligado e pedido para que ele fosse até o hotel, onde ela morava. Chegando ao local, o sargento teria deixado sua arma de fogo na cabeceira da cama. A vítima tinha engerido bebida alcoólica, quando o irmão do acusado ligou, informando que um caminhão de melancia teria chegado para descarregar em seu estabelecimento, que fica a poucos metros do local, a vítima teria ficado nervosa achando que a ligação seria de uma outra mulher e que, logo após a uma breve discussão, saiu do hotel para receber a carga de melancia, após andar cerca de 20 metros, ele teria escutado o barulho do disparo, foi quando ele colocou a mão na cintura e percebeu que teria deixado sua arma de fogo no quarto de Solange.
Ainda segundo a versao do Sargento, ele teria retornado ao local, percebendo que a porta do quarto estava trancada por dentro, forçou para abrir, e se deparou com a vítima caída.
“Em desespero e sem pensar, ele ligou pra uns amigos que o aconselharam a se esconder, porque já estavam comentando que ele tinha cometido um feminicídio”, informou o advogado.
“Ele (o Sargento), se desesperou, correu, encontrou uma pessoa no caminho, (que é uma das testemunhas q será ouvida pela polícia), e pediu para essa pessoa ligar para a polícia e para o "socorro", relatou o que o que tinha acontecido para essa testemunha e foi para sua casa”, disse o advogado do Sargento Sampaio.
Cicero Pitta ainda disse que o caso está sendo devidamente apurado pela polícia judiciária, inclusive, com acompanhamento e participação do Ministério Público.
O advogado ressalta, que o Sargento Sampaio tem 32 anos de carreira, que nunca respondeu a processos e que também não possui ficha criminal.
"A própria corporação da Polícia Militar está fazendo o seu trabalho de investigação e mais adiante, com a chegada do lado judicial, do IC, confrontado com a versão do meu cliente, que a Polícia Judiciária terá uma conclusão do que realmente houve no dia 20", finalizou Cícero Pitta.