
A mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, de 41 anos, se pronunciou nas redes sociais sobre a série “Tremembé”, inspirada em crimes que marcaram o país, incluindo o caso do assassinato de sua filha, em 2008. Em resposta a perguntas de seguidores no Instagram, ela afirmou que não pretende assistir à produção e explicou os motivos.
“Não vou assistir à série, optei por isso. É algo que conta a minha história, mas uma coisa sou eu falar sobre a minha filha e o que vivi. Outra é reviver a cena do crime. Existe uma grande distância e eu quero cuidar da minha saúde mental”, declarou Ana Carolina.
A mãe de Isabella também demonstrou preocupação com a forma como produções desse tipo lidam com crimes reais e criminosos condenados. “O que me preocupa é ver criminosos ganhando holofotes, sendo tratados como celebridades, quando deveriam ser lembrados pela gravidade dos atos cometidos. Nós, que ficamos, somos vítimas secundárias e merecemos respeito e cuidado”, disse.
Ana Carolina destacou ainda que a série aborda vários casos além do de Isabella, mas pediu que o público assista com responsabilidade e discernimento. “É importante não idolatrar criminosos nem esquecer que existem vítimas reais por trás dessas histórias”, alertou.
A produção “Tremembé” retrata crimes cometidos por presos famosos no sistema penitenciário de São Paulo, entre eles Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte de Isabella. O crime aconteceu em 29 de março de 2008, quando a menina de 5 anos foi jogada do sexto andar do prédio onde o pai morava, na zona norte da capital paulista.
A Justiça concluiu que Isabella foi agredida e asfixiada pela madrasta, enquanto Alexandre cortou a rede de proteção e arremessou a filha. Ambos foram condenados, mas atualmente cumprimentam pena em regime aberto — Jatobá obteve o benefício em 2024 e Nardoni, no fim do mesmo ano.
Ana Carolina encerrou a declaração pedindo empatia. “Espero que todos tenham responsabilidade ao assistir e entendam que por trás dessas histórias há dor, perdas e pessoas que ainda tentam seguir em frente.”
