Um documento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) obtido pela coluna de Tácio Lorran, do Metrópoles, já apontava, em janeiro de 2020, “vibrações excessivas” da Ponte Juscelino Kubistchek, que desabou nesse domingo (22/12) e deixou ao menos dois mortos e 12 desaparecidos. A estrutura ligava as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).
A análise do Dnit identificou também danificações no balanço lateral da ponte e irregularidades na geometria das lâminas (os pilares achatados que sustentavam a estrutura estavam tortos, o que era possível ver a olho nu). Além disso, expôs que as armaduras (ferragens) se encontravam expostas e corroídas. Havia fissuras em todos os pilares.
“As condições atuais da OEA [Obra de Arte Especial] merecem atenção, pois verificam-se vibrações excessivas e desgaste visual de suas estruturas e do seu pavimento”, diz o termo de referência, que tem por base memorial de 2020.
“Tais manifestações patológicas e deficiências funcionais podem ser consideradas típicas para estruturas que datam daquela época de construção, tendo em vista sua utilização e suas intervenções ao longo dos anos em serviço, apresentando, conforme pode ser observado nas inspeções realizadas, que indicam a necessidade de reabilitação”, prossegue.